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ALBA

Oi Pockets!
Tudo bem com vocês? Espero que sim. Por aqui está tudo ótimo.

O livro que venho apresentar pra vocês hoje é o Alba. Pensa em uma história que me deu vários tapas na cara sobre o funcionamento do mundo e das pessoas. A cada capítulo fui percebendo como somos hipócritas com tudo o que não nos diz respeito. Como a maioria de nós pensa ser superior aos outros, em algum ou em todos os aspectos da vida. Como os vilões são criados pelo sistema. Como as pessoas acreditam naquilo que convém.

Título: Alba
Autora: Matheus Sperafico
Editora: Editora Skull
Onde encontrar: Editora Skull
Avaliação: 5/5 

Sinopse:""Monstros não nascem, eles são criados"
Uma Tóquio do amanhã: a cidade que se tornou a nova capital do mundo se vê palco de um fenômeno nunca antes testemunhado pela humanidade. Em um futuro não tão distante, onde antes jazia o centro da capital japonesa, uma imponente cidade sustentada por pilares, chamada de Cidadela, ocupa seu lugar; estando, literalmente, acima de todos. Nessa Cidadela, somente as pessoas possuidoras de Graças são permitidas a morar, onde um mundo ideal é criado para seus cidadãos, mesmo que às custas de tudo e de todos ao seu redor; onde aqueles considerados desnecessários são descartados para as periferias de Tóquio. Nesse local de sonhos e ilusão, um jovem encara o mundo abaixo, além dos limites e dogmas impostos pela Cidadela e seus governantes, determinado a mudar a realidade triste e cruel que cerca a todos do lado de fora. Com ajuda de sua amiga de infância, ambos decidem tornar o mundo um lugar melhor, livre do preconceito e do ódio tão evidente em meio à nova capital.Entretanto, o choque entre belas ideias e esperanças contra a dura e implacável realidade é mais do que o suficiente para trazer à tona a verdadeira natureza de cada um, que pode não ser tão pura quanto pensada a princípio; em meio a tanta dor e medo, ninguém é capaz de prever que tipos de monstros podem espreitar pelas sombras... ou nascer em meio a elas.Com elementos cyberpunk, suspense e drama policial, Alba traz uma profunda reflexão quanto à natureza humana e os limites até onde estamos dispostos a ir por aquilo que acreditamos ser o certo, indiferentes das circunstâncias e métodos necessários que se apresentem em nosso caminho."


Em Alba vamos conhecer "A Cidadela", uma grande cidade construída em cima de Tóquio, onde as pessoas que vivem lá se consideram superiores por terem "graças", talentos aos quais eles nascem ou adquirem com grandes fortunas.

A pessoa é considerada sábia pela quantidade de graças que tem. Percy (Percival LeCiel) é considerado a pessoa mais sábia da Cidadela, pela grande quantia de dádiva que o pai dele comprou um pouco antes de morrer, mas aos olhos da Câmara ele é mais um louco com ideias absurdas que podem destruir todo um reinado.
"—Era isso que queria que eu visse? —perguntou, irritada. —Caos e roubo? —Sim, essa é a vida dessas pessoas. Você é a futura policial aqui, devia saber; sem leis para protegê-las, sem líderes honrados para ajudá-las, vivendo cada dia em desespero, sem nem mais a esperança de um amanhã melhor. Esse é o resultado do uso do poder inconsequente e desenfreado praticado pelo mundo inteiro."


Percy é idealista e vê além do seu mundinho "A Cidadela", ele quer transformar o mundo, começando por onde ele vive e ao redor.

Logo no primeiro capítulo somos apresentados a Cassandra, amiga de Percy, uma cidadã de grande status na cidadela, mas que sonha em ser uma policial em Tóquio, assim como seu pai foi.
Percival e Cassandra estudaram juntos na instituição e sempre foram muito amigos. Ele sempre enxergou "fora da caixinha" que é a Cidadela e assim como seu pai, decidiu que precisava fazer algo para mudar a realidade. Ver os amigos conversando e enxergando o mundo além Cidadela, nos trás alguns questionamentos sobre como a nossa sociedade é e foi formada, como o poder, status e dinheiro, conseguem dominar e escravizar o homem. Também mostra como as religiões tornam seres humanos dependentes e muitas vezes reféns da fé.
"A vida era somente um espasmo curto em relação ao tempo, mas, ainda assim, era tempo o suficiente para se deixar um legado, mesmo que de destruição."
A trajetória que eles seguem até conseguirem o que almejam, fortalecem não somente eles, mas cada um que acompanha seus passos. Alguns acontecimentos fazem Percy sofrer e buscar vingança contra aqueles que quase o mataram, o que traz para nós leitores uma grande jornada com muitas lutas.
"O princípio da vitória também jaz na oportunidade e no poder. Um equilíbrio entre os dois é ainda mais fundamental para se vencer na vida. O poder sem uma oportunidade é inútil, assim como uma oportunidade sem poder é um desperdício."

A forma como o autor descreve as lutas, não somente as lutas corporais, a rebelião, a guerra, mas também as lutas internas, com os pensamentos, sentimentos, ideais, o que é o certo e o que é o errado. Cada um deles mexeram muito comigo, principalmente até onde o homem pode chegar para conseguir aquilo que mais quer.

As divisões em partes do livro e as frases que iniciam casa capítulo trazem profundas reflexões.
"Para alguns a morte é o fim de tudo, onde seremos encobertos por uma escuridão eterna e assim permaneceremos até o fim dos tempos. Para outros, nossa alma vai para algum lugar de acordo com nossas ações em vida, podendo este ser bom ou ruim. Para a Cidadela, todas as almas de seus cidadãos vão para o paraíso, indiferente de suas ações, enquanto seus corpos são eternamente cristalizados em um diamante. Percebo que essas distinções deixam claro o motivo do porquê da Cidadela nunca demonstrar remorso pelos atos horríveis que já cometeu contra inúmeras pessoas."
O desenrolar da história foi bem escrito e não encontrei pontas soltas como esses tipos de livro costumam ter. O fim foi algo surpreendente, realmente não esperava que terminasse assim.
Recomendo muitíssimo a leitura deste livro. Li a história em e-book por meio de uma parceria com o autor, mas gostei tanto que adquiri o livro físico para reler e ter em minha estante.
Espero que gostem!


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