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A palavra que resta - Stenio Gardel

Hello Pockets, como vão? Hoje vamos falar sobre um livro que é intenso, dolorido, delicado e lindíssimo em todos os sentidos.
Desde o lançamento queria demais conhecer o autor @steniogardel e tive a oportunidade, e foi perfeito tê-lo aqui em RIbs.

Quando da leitura pude discutir e derramar lágrimas acompanhadas de um ombro amigo, juntamente com o amado @danilobarbosa, mesmo que cada um seu lar, foi esplêndido e encontrar juntos o autor foi demais, deixamos registrado esta leitura que ficou tatuada em nossas peles.
@steniogardel estréia merece todos os louros e estrelas possíveis, céussss que romance !!!! Nesta obra acompanhamos Raimundo, sua trajetória dolorida, analfabeto, nascido e criado na roça só conhece aquele mundinho. Grosseiramente tratado por seu genitor, guarda secretamente uma carta que nunca pode ler por exatos cinquenta anos, pensa?
Com 71 anos toma uma decisão decide aprender a ler e escrever, durante sua juventude teve seu amor secreto brutalmente interrompido, seu pai ignorante o separa de Cícero, e daquele amor intenso, resta apenas esta folha de papel que nunca pudera ler até aquele momento.

Um livro sensível, angustiante, mas completamente magnético, simmm ao abrir a primeira página impossível soltá-lo enquanto não chegamos ao desfecho simplesmente não respiramos.

Raimundo tem um passado cruel, ocultar a sexualidade é degradante, e os conflitos familiares pelos quais passou o marcam sem volta.
Forte e poderoso são adjetivos que podemos usar em abundância em cada uma destas linhas primorosamente construídas por Stênio.
O que mais nos atraem neste livro são as perguntas que necessitam de respostas: Por que Raimundo demorou 50 anos para decidir ler a carta? Por que ele não deixou que lessem a carta para ele antes? Por que ele resolveu aprender a ler somente agora?



Somos capazes de sentir a dor dilacerante daquele imenso amor interrompido, se não fossem pelos pais violentos de Raimundo e Cícero, pais estes que arrancaram e mataram as possibilidades de felicidade plena, eles poderiam ter vivido esplendorosamente esta relação?

Raimundo não deixou ninguém ler e envelheceu com o desejo de saber o que ela diz crescendo dentro dele. Feto idoso, rebento tardio. A carta guardava uma vida inteira.

“As letras ainda carregavam o vigor do braço de Cícero, o vigor com que ele abraçava Cícero de vilta? A carta separava e ligava a vida dos dois. Palavra danada! Era a voz do fim, eco de passado não vivido. Se tivesse brigado mais, se”.

Só posso dizer meus queridos, Leiammmmm porque n~]ao é uma simples história de sofrimento, é uma obra prima de superação, aprendizado, libertação e escolhas.

Beijocas e inté a próxima.



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