Quando caem as cinzas: desventuras amazônicas na noite brasileira, traz como ambiente o Estado do Pará, intercalando entre Belém, Castanhal e Marabá, na época da ditadura militar.
Nessa história, somos imersos nas memórias de Benedito, personagem principal e narrador, que começa com a lembrança de um sonho com incêndio: “um solavanco mais forte do ônibus acordou-me, e fiquei confuso por um tempo, sem saber direito se ainda estava sonhando, porque o que se via pela janela do veículo era a luminosidade das grandes queimadas de floresta”. Fato interessante por conectar com o final do livro.
O primeiro incêndio destrói a vida de Dito e o separa do seu único irmão, fazendo com que ele seja acolhido por madre Liganó e tia Dora, a quem ele considerou como uma mãe. Mas temos outros personagens que marcam a leitura e a vida do personagem, como o Dr. Sergio e sua família.
Conhecemos a trajetória de um personagem que está se refazendo após a perda da família, lidando com a rejeição local, sua busca pelos estudo e sonho de cursar medicina, seu envolvimento “involuntário” com a ditadura, a busca por sobrevivência, seus recomeços e tantas outras situações, que nos fazem devorar o livro.
Durante a leitura vários detalhes nos prendem à história, como o “segredo” relacionado a sua origem, a ditadura, as torturas…há páginas em que recebemos informações tão chocantes que em alguns momentos são necessárias pausas para a digestão. Mas as revelações não param aí, você será surpreendido até o final, querendo só mais um capítulo para ler!
É difícil escrever pouco sobre um livro tão intenso, queria falar da experiência dele na infância, na floresta com um grupo indígena, com a moça que ele quis casar…mas deixo a sugestão para essa leitura com vocês!
Obrigada a LC comunicações!!!
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