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Confissões de uma Máscara - Yukio Mishima

Hello Pockets, como vão? 

Hoje nossa viagem será mais longa, iremos para o Japão, amo além da vida, uma cultura que me atrai e a língua então nem se fala.  Nesta obra assinada por Kimitake Hiraoka, pseudônimo de Yukio Mishima, ahhh não posso deixar de citar que ele é um dos grandes autores japoneses do período pós-guerra.

O País é dominado por um pensamento militarista e de extrema direita, somos apresentados à Kochan, um jovem bem peculiar, que entre tantos outras lembranças que afirmava possuir dizia se lembrar do dia em que nasceu, era repreendido ou simplesmente desconsiderado pelos adultos.

Kochan nosso protagonista, é o nome escolhido para o personagem que é o próprio escritor. Adoro livros que relatam períodos históricos, e esse é simplesmente perfeito, e a medida que conhecemos nosso protagonista tudo se torna ainda mais interessante, enquanto criança sempre foi frágil, sendo praticamente escondido por seus genitores, por este motivo não conviveu com outros garotos de sua idade, tornou-se um exilado, um pária.

Quando chega à puberdade começa a ter sensações que o incomodam, principalmente quando é iniciada a descoberta de sua sexualidade, sente-se atraído pelo corpo musculoso de seu colega Omi, sentindo-se culpado se impondo a sentir-se atraído por Sonoko, a irmã de seu melhor amigo, achando que assim poderia ser como todos os outros rapazes que conhecia.

“Pra falar de outra maneira, estou me tornando o tipo de pessoa que não pode acreditar em coisa alguma exceto na simulação. Mas se isso é verdade, então querer considerar a atração de Sonoko por mim como total simulação pode não ser mais que uma máscara para esconder meu verdadeiro desejo de me acreditar genuinamente apaixonado por ela. Assim, talvez eu esteja me tornando o tipo de pessoa que é incapaz de agir contra à própria natureza, e talvez eu realmente a ame…”
Nesta situação entra a máscara, por ser oprimido por uma série de valores impostos pela sociedade da época visto o livro datar de 1.949, Kochan (Yukio Mishima) convemce-se de que jamais poderia externar seus verdadeiros sentimentos e pensamentos, para ser aceito no mundo há a necessidade de se usar uma anteface
“Estava sentindo a urgência de começar a viver. Começar a viver minha verdadeira vida? Mesmo se fosse para ser pura máscara e não a minha vida absolutamente, ainda assim chegara o tempo em que eu devia dar a partida, devia arrastar meus pesados pés para a frente”.
A escrita é simples, fluída, e nos faz pensar muitas vezes céusssss é um desabafo, o tempo todo era ele, como deve ter sido angustiante reprimir tudo isso por tantos anos. Esta obra é de uma beleza singular, recebemos inúmeras mensagens em cada uma de suas páginas, que nos deixa o questionamento: “Somos todos Kochan?”

Beijinhos e inté..




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